Está a aproximar-se a votação na assembleia da república sobre a questão do casamento de homossexuais e a adopção de crianças por estes.
Em primeiro lugar vou dar a minha opinião sobre o casamento de homossexuais. Não tenho qualquer problema em afirmar que sou a favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo. Não sou a favor de paternalismos, nem conservadorismos sem fundamento. Em primeiro lugar é uma questão de liberdade, se eu sou livre, hetero, que me vai afectar a mim o casamento de pessoas do mesmo sexo? A liberdade acaba quando começa a dos outros, neste caso está em causa alguma liberdade dos outros? É obvio que não…Em segundo lugar a questão dos efeitos do casamento também é importante, se duas pessoas do mesmo sexo vivem toda a vida juntas, partilham as suas coisas, gostam um do outro, porque é que os efeitos de duas pessoas casadas não se deveriam de dar neste caso? Por outro lado, não aqui a destruição da família (que para mim é uma instituição essencial), há sim um reforço, pois a única diferença é que vai ter pessoas do mesmo sexo, em vez de duas de sexo diferente, isto no aspecto matrimonial. Por último, a sociedade está feita para fazer as pessoas dessa mesma sociedade feliz, e se os casais homossexuais conseguem atingir melhor a felicidade e a não discriminação com o casamento, quero que este seja aprovado, não vejo quaisquer inconvenientes.
Quanto é questão da adopção tenho uma posição diferente. Não concordo. Em primeiro lugar, por mais capacidades que tenham um casal de dois homens ou duas mulheres, não são um homem e uma mulher. Para mim uma criança cresce e desenvolve-se no meio de este dois pólos, pois, embora o homem e a mulher seja iguais perante a lei, o que não se deve mudar como é obvio, estes duas têm características sociológicas diferentes, isto no geral, pois há sempre excepções. Basta vermos o caso de crianças que nascem e se desenvolvem em famílias mono parentais, muitas delas são afectadas por isso ao longo da vida. Depois há ainda o caso de casais pedófilos se aproveitarem do facto de puderem adoptar crianças indefesas. Por último, e olhando para a sociedade, com base, mais uma vez, no critério da felicidade, será que uma criança seria feliz, crescendo numa família com duas pessoas do mesmo sexo? É discutível…
Para concluir queria dizer que quanto a esta última questão sou moderado, não tenho dogmas quanto a isto, a sociedade está em permanente mudança, e quando verificar que várias questões estão mudadas ou provadas que não são prejudicais, irei ponderar a minha opinião. Mas neste momento, que se aprove o casamento entre pessoas do mesmo sexo, quanto á adopção não.
terça-feira, 23 de setembro de 2008
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2 comentários:
No puede pensarse que el simple hecho de tratarse de una pareja heterosexual asegure una crianza exitosa. Es ampliamente conocido el fracaso de la familia como socializador primario, aún tratándose de parejas “tradicionales” Es posible que quien tenga exclusivamente una figura paterna, o en el caso más común, materna, haga parte de una familia menos disfuncional; son situaciones tan relativas que no pueden servir de referente para tomar parte en esta discusión.
En el mismo sentido, se afirma que posibles “pedófilos” adopten niños indefensos. En muchos países del mundo se permite la adopción por parte de una persona, sin que ello implique un riesgo fuera de los términos normales, son simplemente condiciones subjetivas del ser humano, que reitero, son relativas.
En mi concepto, la prohibición de adopción por parte de parejas homosexuales radica en el rechazo social que tendría un menor que crece en tales circunstancias, lo que lo haría diferente a los demás. En una cultura donde los valores sociales aún no permiten que se valore positivamente la decisión de unirse a otra persona del mismo sexo, si bien vulnera el principio de libre autodeterminación, debe asegurarse un entorno social que favorezca el bienestar de los menores.
Bem, não deixa de se tratar de uma questão complicada. A família, monoparental ou "tradicional", heterossexual ou homossexual, não deixa de encerrar em si mesma um único papel que na, minha opinião, não se pode definir pela orientação sexual de cada um dos cônjuges. Como agentes de socialização primária numa sociedade em que cada vez mais se torna indispensável assimiliar novos valores e re-educar as nossas crianças, é importante que a questão da adopção por parte de casais homossexuais seja encarada, também, como uma oportunidade de crescimento e evolução, íntrinseca ao Homem. Penso que se vamos utilizar argumentos como o abuso sexual de menores ou a exclusão da própria criança pelos pares, rapidamente entraremos em contradição. Uma criança filha de pais homossexuais não irá ser víctima de maior discriminação que a criança filha de país divorciados na década de 70 ou 80, cujo estigma rapidamente se dissipou, nem por outro lado verá as hipóteses de ser víctima de maus tratos num ambiente familiar dito "tradicional" mas marcado pelo alcoolismo, dimínuidas. Considero quem se tratem questões de ordem psiológica e comportamental que, teoricamente, não influenciam ou são influenciadas pela orientação sexual. Quanto ao estigma social inerente penso que, não deixando de ter repercussões a curto prazo nos casos primeiros, pode muito bem ser atenuado e consequentemente aceite: educando!Tal como afirmou Russell, a humanidade ainda não descobriu até agora qualquer método para erradicar as deficiências morais, no entanto, a inteligência pode ser aperfeiçoada. Alcance-se então o progresso através da inteligência e não da moral. Contudo, e embora difícil de mudar, a consciência é condição primária do Homem, e este, pelo que sei, ainda não deixou de ser o mais mutável dos animais! Um abraço a todos e continuem o bom trabalho! Parabéns Vítor!
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