segunda-feira, 29 de junho de 2009

Constitucionalismo Colombiano

Con la Constitución Política de 1991, Colombia dio un salto sin precedentes en la consagración de garantías ciudadanas, lo que implicó una transformación del poder público. El pasar de un Estado de derecho a un Estado Social de derecho, y el establecimiento de un mecanismo efectivo para materializar la justicia y alcanzar los fines del estado, esto es, la acción de tutela (también llamada “acción de amparo”), Colombia se ubicó dentro de los pocos países del mundo con una carta de derechos propia del nuevo constitucionalismo.
El estado social de derecho supone para la mayoría de la población Colombiana que vive en situación de pobreza extrema “estándares mínimos de salario, alimentación, salud, habitación, educación, asegurados para todos los ciudadanos bajo la idea de derecho y no simplemente de caridad” (H.L. Wilensky, 1975).
Por otro lado, la democracia constitucional desarrollada por la carta magna de 1991 buscó la armonización de la rama ejecutiva, legislativa y judicial, evitando desbordamientos del poder ejecutivo mediante el control jurisdiccional.
Pues bien, no hacer una crítica al debilitamiento de la Constitución Política a través de la acción del actual gobierno Colombiano es pasar por alto un atentado contra el principal medio defensa que tenemos los ciudadanos. Si bien es cierto que a lo largo de la historia el poder político ha estado permeado por la corrupción -importante obstáculo para el desarrollo-, lo que se ha visto en los últimos años en Colombia no tiene carta de presentación. Como dicen algunos medios de comunicación “sin ruborizarse” el gobierno de la mano con un gran número de parlamentarios ha modificado nuestra constitución en puntos álgidos y que implican un retroceso en el camino hacia la democracia constitucional. Posibilitar la reelección del presidente, uno de los mandatarios más populares pero que más daño nos ha hecho con sus políticas direccionadas a privilegiar grupos élite del país, vislumbra la ruta hacia el absolutismo. Por otro lado, iniciativas surgidas del seno del Uribismo, como la Inmunidad parlamentaria, solo dejan ver el grado de cinismo de quienes conforman el legislativo, gran parte de los cuales están siendo investigados por recibir prebendas para votar favorablemente la primera reelección presidencial, y ahora temen por el voto de la segunda iniciativa reeleccionista.
¿Qué le espera al constitucionalismo colombiano? Con la perpetuación en el poder del Uribismo seguramente estamos destinados al retroceso en las garantías constitucionales que alguna vez se establecieron. Si con los falsos positivos donde cientos de Colombianos inocentes han muerto de la mano de las fuerzas militares, ahora el escándalo por la entrega de más de 30 notarías donde el presidente de la república posesionó notarios con la finalidad de obtener votos a favor de la primera reelección, y muchísimos más hechos que vinculan directamente al presidente en conductas delictivas, no ha sido posible la salida del poder del presidente y su gabinete, no podría pensar que más se necesita para que culmine este periodo de corrupción.
Hago referencia a 2 textos relevantes en el tema. El primero, un fallo de Tutela bellísimo de la Corte Constitucional Colombiana, la sentencia hito en materia de estado social de derecho T-406 de 1992, y el segundo, un artículo de la revista Semana, acerca del testimonio del ex Superintendente de Notariado y Registro, a propósito de la
“feria de Notarias”
http://www.semana.com/noticias-politica/ventilador-notarias/125628.aspx

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Eleições europeias

Como não poderia deixar de ser, tenho de comentar o resultado das eleições europeias.
Confesso que não estava á espera do PSD ganhar, acho que as sondagens nunca se enganaram tanto como nestas eleições.
Quanto aos vencedores, ao contrário do que muita gente comenta, penso que foi uma grande vitória do PSD. Por múltiplas razões. Não nos podemos esquecer que o PSD deixou se ser governo da forma que se viu, saiu muita mal na imagem, desde aí nunca mais teve estabilidade, com constante oposição interna e mudanças de liderança. Muitos já previam o desmoronar do partido de Sá Carneiro, com a consequência de deixar de ser uma alternativa de governo. Mas enganaram-se. O PSD, devido á grande prestação de Rangel, à estabilidade obtida por Manuela Ferreira Leite e ao fracasso de muitas políticas do governo PS, ganhou as eleições ainda com uma margem considerável. Veremos se chega para as legislativas, onde muito voto útil vai surgir.
Quanto ao segundo vencedor da noite, o Bloco de Esquerda, não foi uma surpresa, tem criado muita simpatia nalgum eleitorado mais á esquerda dentro do PS e que está desiludido com o governo. Não sendo, na verdade, votos “ideológicos”, veremos como vai reagir o BE à captação deste novo eleitorado.
Outro vencedor, embora em menor escala, foi o CDS. Não é só o facto de ter ganho ás empresas de sondagens, essas punham o partido quase residual, mas também o facto de Nuno Melo (um bom candidato, sem dúvida) ter conseguido juntado muito do seu eleitorado e muitos outros votos que, quase de certeza, votaram pela primeira vez no partido, muito por culpa deste candidato.
No que diz respeito à CDU, esta está como que num “limbo”, podemos dizer que tem um sabor bem amargo de vitória. É verdade que teve o seu melhor resultado dos últimos 15 anos, mas foi ultrapassado pelo BE, e não podemos esquecer que conquistou pouco eleitorado em terras hostis, continuando a sua fortaleza eleitoral a ser o Alentejo.
Quanto ao derrotado da noite, o PS, creio que foi um sinal claro que os portugueses estão fartos de algumas das suas políticas. Apesar de alguns méritos, as pastas essenciais continuam a ser mal governadas, nomeadamente, a justiça, educação e cultura.
Outra nota importante destas eleições, é ainda maior viragem à direita na Europa. A verdade é que quase todos os governos socialistas foram punidos, enquanto os governos de direito não. É curioso este resultado, numa altura em que muitos afirmam que a esquerda é que tem a solução para a crise. Quem sabe se os povos europeus estão a dar um sinal que já estão fartos de certas políticas do passado, em que reinava a burocracia e a “engorda” do estado.
Por último, queria só referir a minha desilusão quanto á taxa de abstenção. A verdade é que os portugueses (e os europeus em geral) continuam sem entender o quão importante é o Parlamento Europeu na condução das nossas vidas, mas diga-se, em jeito de crítica, que muita da falta de informação se deve á ausência de debates profundos acerca do papel desta instituição. A verdade é que ninguém nasce ensinado, a informação pública deve ter um papel importante neste aspecto.