terça-feira, 2 de setembro de 2008

A ascensão e queda de um promissor bastonário...

O doutor Marinho Pinto,o qual elogiámos e bem,no início do seu mandato como bastonário merece agora a minha crítica pela maneira como está a agir no exercício do mesmo.A verdade é que,aquilo que começou como a promessa de um novo fôlego para a justiça portuguesa,e sobretudo para os advogados,que votaram com um entusiasmo nunca antes visto,lembremos que Marinho Pinto foi eleito com uma margem votação muito superior à dos seus antecessores.
No entanto o novo bastonário não tem sabido desempenhar da melhor maneira a função que lhe foi confiada;lembremos aqui o ataque em todas as frentes que tem sido feito pelo bastonário,fazendo transparecer uma estratégia mal pensada,ou melhor,a falta dela...Primeiro foi o "ataque" deliberado aos estagiários,sugerindo que deixem de defender causas oficiosas,para as quais estão muitas vezes mal preparados,é verdade,mas na sociedade em que vivemos é impossível ter advogados experientes a defender causas oficiosas,é bom lembrar que já não estamos na Roma antiga,a advocacia não é hoje em dia uma arte,praticada por alguns,é muitas vezes um negócio,negócio do qual ninguém quer abdicar por "amor à justiça" ou à profissão.É o mundo que temos.
Seguiram-se as críticas aos magistrados,que também não ficaram conformes com o rótulo de "prepotentes" com que o bastonário apelidou a classe.
Note-se que não se pretende,com este artigo denegrir a imagem do doutor Marinho Pinto ou as suas qualidades como profissional,o que não está certo é a maneira como tem tentado pôr as suas soluções em prática;deve continuar com a determinação de "agitar as àguas" no sector,no entanto deve fazê-lo pensadamente e não em todas as frentes,pois assim corre o risco de perder credibilidade e das suas opiniões terem cada vez menos "peso",é também essencial que apresente soluções-não utópicas- para os aspectos que critica,aguerridamente!

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